Na o Fui Eu

	O Cristo inerte preso à cruz
	A luz da vela que o reduz
	Á sombra triste na parede entrecortada
	Dos lábios solta-se indulgente
	A pressa inútil do não crente
	Entre palavras que por si não dizem nada
	Não fui eu, Não fui eu
	Não deixei a porta aberta
	Não fui eu, Não fui eu
	Ficou-me a casa deserta
	Ah como fugidiu rumor
	De passos que no corredor
	Induzem na minha alma a dor da esperança vã
	Sinais do tempo a humedecer
	A voz que teima em enroquecer
	E o corpo dorido pela noite no divã
	Não fui eu...
	Como esta febre me destroí
	Perdido amor quanto me doi
	Desceste em mil cruel manto de tristeza
	Em cada noite morre o amor
	Que a solidão faz-se maior
	Mal amanhece e volta o medo que anoiteça
	Não fui eu..

	O Cristo inerte preso à cruz
	A luz da vela que o reduz
	Á sombra triste na parede entrecortada
	Dos lá bios soltase indulgente
	A pressa inú til do n o crente
	Entre palavras que por si n o dizem nada
	N o fui eu, N o fui eu
	N o deixei a porta aberta
	N o fui eu, N o fui eu
	Ficoume a casa deserta
	Ah como fugidiu rumor
	De passos que no corredor
	Induzem na minha alma a dor da esperan a v
	Sinais do tempo a humedecer
	A voz que teima em enroquecer
	E o corpo dorido pela noite no div
	N o fui eu...
	Como esta febre me destroí
	Perdido amor quanto me doi
	Desceste em mil cruel manto de tristeza
	Em cada noite morre o amor
	Que a solid o fazse maior
	Mal amanhece e volta o medo que anoite a
	N o fui eu..