Saudade

Saudade Lyrics

Song Saudade
Artist Cristina Branco
Album Rough Guide To Fado
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Tenho tantas recordações como
Folhas tremendo nos ramos,
Canas murmurando à beira-rio,
Aves cantando no céu azul,
Frémito, murmúrios, canção:
Tantas! E mais disformes que sonhos.
Mais ainda: De todas as esferas celestes;
Como a onda, que ao quebrar,
Invade a imensidão da praia, sem
Nunca porém, um grão de areia expulsar.
Em atropelo, ouço-as segredar,
Ora agrestes, ora ternas, duras ou sinceras;
De tanta fartura, ainda dou em louco,
Esqueço quem sou e torno-me um outro.
As que são tristes, mais tristes me soam;
Agora que sei outro recurso não ter,
Que ficar de novo encalhado
Nas margens do eterno sofrer.
Também as felizes, se tornam mais tristes,
Pois para sempre se esvaneceram:
Beijos, luxos, palavras do passado,
São como frutos que em mim morreram.
Nada mais tenho que recordaçøes,
A minha vida já há muito se foi.
Como pode um morto cantar ainda?
Em mim já nenhum canto tem vida.
Nas margens dos grandes mares,
Na funda escuridão dos bosques,
Ouço ainda o grande rumor despertar
E nenhuma voz que o faça libertar.
Tenho tantas recorda es como
Folhas tremendo nos ramos,
Canas murmurando a beirario,
Aves cantando no ce u azul,
Fre mito, murmu rios, can o:
Tantas! E mais disformes que sonhos.
Mais ainda: De todas as esferas celestes
Como a onda, que ao quebrar,
Invade a imensid o da praia, sem
Nunca pore m, um gr o de areia expulsar.
Em atropelo, ou oas segredar,
Ora agrestes, ora ternas, duras ou sinceras
De tanta fartura, ainda dou em louco,
Esque o quem sou e tornome um outro.
As que s o tristes, mais tristes me soam
Agora que sei outro recurso n o ter,
Que ficar de novo encalhado
Nas margens do eterno sofrer.
Tambe m as felizes, se tornam mais tristes,
Pois para sempre se esvaneceram:
Beijos, luxos, palavras do passado,
S o como frutos que em mim morreram.
Nada mais tenho que recorda es,
A minha vida ja ha muito se foi.
Como pode um morto cantar ainda?
Em mim ja nenhum canto tem vida.
Nas margens dos grandes mares,
Na funda escurid o dos bosques,
Ou o ainda o grande rumor despertar
E nenhuma voz que o fa a libertar.
Tenho tantas recorda es como
Folhas tremendo nos ramos,
Canas murmurando à beirario,
Aves cantando no cé u azul,
Fré mito, murmú rios, can o:
Tantas! E mais disformes que sonhos.
Mais ainda: De todas as esferas celestes
Como a onda, que ao quebrar,
Invade a imensid o da praia, sem
Nunca poré m, um gr o de areia expulsar.
Em atropelo, ou oas segredar,
Ora agrestes, ora ternas, duras ou sinceras
De tanta fartura, ainda dou em louco,
Esque o quem sou e tornome um outro.
As que s o tristes, mais tristes me soam
Agora que sei outro recurso n o ter,
Que ficar de novo encalhado
Nas margens do eterno sofrer.
També m as felizes, se tornam mais tristes,
Pois para sempre se esvaneceram:
Beijos, luxos, palavras do passado,
S o como frutos que em mim morreram.
Nada mais tenho que recorda es,
A minha vida já há muito se foi.
Como pode um morto cantar ainda?
Em mim já nenhum canto tem vida.
Nas margens dos grandes mares,
Na funda escurid o dos bosques,
Ou o ainda o grande rumor despertar
E nenhuma voz que o fa a libertar.
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