Song | Canto Para Minha Morte |
Artist | Raul Seixas |
Album | 'Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás' |
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Eu sei que determinada rua que eu já passei | |
Não tornará a ouvir o som dos meus passos | |
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos | |
E que nunca mais eu vou abrir | |
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa | |
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela ultima vez | |
A morte, surda, caminha ao meu lado | |
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar | |
Com que rosto ela virá? | |
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer? | |
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque | |
Na música que eu deixei para compor amanhã? | |
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro? | |
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada | |
E que está em algum lugar me esperando | |
Embora eu ainda não a conheça? | |
Vou te encontrar vestida de cetim | |
Pois em qualquer lugar esperas só por mim | |
E no teu beijo provar o gosto estranho | |
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar | |
Vem, mas demore a chegar | |
Eu te detesto e amo morte, morte, morte | |
Que talvez seja o segredo desta vida | |
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida | |
Qual será a forma da minha morte? | |
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida? | |
Existem tantas . . . | |
Um acidente de carro | |
O coração que se recusa a bater no próximo minuto | |
A anestesia mal aplicada | |
A vida mal vivida | |
A ferida mal curada | |
A dor já envelhecida | |
O câncer já espalhado e ainda escondido, | |
Uu até, quem sabe um escorregão idiota | |
Num dia de sol, a cabeça no meio-fio | |
Oh morte, tu que es tão forte | |
Que matas o gato, o rato e o homem | |
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar | |
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva | |
E que a erva alimente outro homem como eu | |
Porque eu continuarei neste homem | |
Nos meus filhos, na palavra rude | |
Que eu disse para alguém que não gostava | |
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite | |
Vou te encontrar vestida de cetim | |
Pois em qualquer lugar esperas só por mim | |
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero | |
E não desejo, mas tenho que encontrar | |
Vem, mas demore a chegar | |
Eu te detesto e amo morte, morte, morte | |
Que talvez seja o segredo desta vida | |
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida |
Eu sei que determinada rua que eu ja passei | |
N o tornara a ouvir o som dos meus passos | |
Tem uma revista que eu guardo ha muitos anos | |
E que nunca mais eu vou abrir | |
Cada vez que eu me despe o de uma pessoa | |
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela ultima vez | |
A morte, surda, caminha ao meu lado | |
E eu n o sei em que esquina ela vai me beijar | |
Com que rosto ela vira? | |
Sera que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer? | |
Ou sera que ela vai me pegar no meio do copo de ui sque | |
Na mu sica que eu deixei para compor amanh? | |
Sera que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro? | |
Vira antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada | |
E que esta em algum lugar me esperando | |
Embora eu ainda n o a conhe a? | |
Vou te encontrar vestida de cetim | |
Pois em qualquer lugar esperas so por mim | |
E no teu beijo provar o gosto estranho | |
Que eu quero e n o desejo, mas tenho que encontrar | |
Vem, mas demore a chegar | |
Eu te detesto e amo morte, morte, morte | |
Que talvez seja o segredo desta vida | |
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida | |
Qual sera a forma da minha morte? | |
Uma das tantas coisas que eu n o escolhi na vida? | |
Existem tantas . . . | |
Um acidente de carro | |
O cora o que se recusa a bater no pro ximo minuto | |
A anestesia mal aplicada | |
A vida mal vivida | |
A ferida mal curada | |
A dor ja envelhecida | |
O c ncer ja espalhado e ainda escondido, | |
Uu ate, quem sabe um escorreg o idiota | |
Num dia de sol, a cabe a no meiofio | |
Oh morte, tu que es t o forte | |
Que matas o gato, o rato e o homem | |
Vistase com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar | |
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva | |
E que a erva alimente outro homem como eu | |
Porque eu continuarei neste homem | |
Nos meus filhos, na palavra rude | |
Que eu disse para algue m que n o gostava | |
E ate no ui sque que eu n o terminei de beber aquela noite | |
Vou te encontrar vestida de cetim | |
Pois em qualquer lugar esperas so por mim | |
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero | |
E n o desejo, mas tenho que encontrar | |
Vem, mas demore a chegar | |
Eu te detesto e amo morte, morte, morte | |
Que talvez seja o segredo desta vida | |
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida |
Eu sei que determinada rua que eu já passei | |
N o tornará a ouvir o som dos meus passos | |
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos | |
E que nunca mais eu vou abrir | |
Cada vez que eu me despe o de uma pessoa | |
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela ultima vez | |
A morte, surda, caminha ao meu lado | |
E eu n o sei em que esquina ela vai me beijar | |
Com que rosto ela virá? | |
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer? | |
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uí sque | |
Na mú sica que eu deixei para compor amanh? | |
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro? | |
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada | |
E que está em algum lugar me esperando | |
Embora eu ainda n o a conhe a? | |
Vou te encontrar vestida de cetim | |
Pois em qualquer lugar esperas só por mim | |
E no teu beijo provar o gosto estranho | |
Que eu quero e n o desejo, mas tenho que encontrar | |
Vem, mas demore a chegar | |
Eu te detesto e amo morte, morte, morte | |
Que talvez seja o segredo desta vida | |
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida | |
Qual será a forma da minha morte? | |
Uma das tantas coisas que eu n o escolhi na vida? | |
Existem tantas . . . | |
Um acidente de carro | |
O cora o que se recusa a bater no pró ximo minuto | |
A anestesia mal aplicada | |
A vida mal vivida | |
A ferida mal curada | |
A dor já envelhecida | |
O c ncer já espalhado e ainda escondido, | |
Uu até, quem sabe um escorreg o idiota | |
Num dia de sol, a cabe a no meiofio | |
Oh morte, tu que es t o forte | |
Que matas o gato, o rato e o homem | |
Vistase com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar | |
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva | |
E que a erva alimente outro homem como eu | |
Porque eu continuarei neste homem | |
Nos meus filhos, na palavra rude | |
Que eu disse para algué m que n o gostava | |
E até no uí sque que eu n o terminei de beber aquela noite | |
Vou te encontrar vestida de cetim | |
Pois em qualquer lugar esperas só por mim | |
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero | |
E n o desejo, mas tenho que encontrar | |
Vem, mas demore a chegar | |
Eu te detesto e amo morte, morte, morte | |
Que talvez seja o segredo desta vida | |
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida |