Song | Ouro De Tolo |
Artist | Raul Seixas |
Album | "Krig-Ha, Bandolo" |
Download | Image LRC TXT |
Eu devia estar contente | |
Porque tenho um emprego | |
Sou o dito cidadão respeitável | |
E ganho quatro mil cruzeiros por mês | |
Eu devia agradecer ao Senhor | |
Por ter tido sucesso na vida como artista | |
Eu devia estar feliz porque consegui comprar | |
Um Corcel 73 | |
Eu devia estar alegre e satisfeito | |
Por morar em Ipanema | |
Depois de ter passado fome por dois anos | |
Aqui na cidade maravilhosa | |
Eu devia estar sorrindo e orgulhoso | |
Por ter finalmente vencido na vida | |
Mas eu acho isto uma grande piada | |
E um tanto perigosa | |
Eu devia estar contente | |
Por ter conseguido tudo que eu quis | |
Mas confesso abestalhado | |
Que eu estou decepcionado | |
Porque foi tão fácil conseguir | |
E agora eu me pergunto, e daí? | |
E tenho uma porção de coisas grandes | |
Pra conquistar, eu não posso ficar aí parado | |
Eu devia estar feliz pelo Senhor | |
Ter me concedido o Domingo | |
Pra ir com a família ao jardim zoológico | |
Dar pipoca aos macacos | |
Ah, mas que sujeito chato sou eu | |
Que não acha nada engraçado | |
Macaco, praia, carro, jornal, tobogã | |
Eu acho tudo isso um saco | |
É você olhar no espelho | |
Se sentir um grandessíssimo idiota | |
Saber que é humano, ridículo | |
Limitado, e que só usa dez por cento | |
de sua cabeça animal | |
E você ainda acredita que é um doutor | |
Padre ou policial | |
E que está contribuindo com sua parte | |
Para o nosso belo quadro social | |
Eu é que não me sento | |
No trono de um apartamento | |
Com a boca escancarada | |
Cheia de dente, esperando a morte chegar | |
Porque ao longo das cercas embandeiradas | |
Que separam quintais | |
No cume calmo do meu olho que vê | |
Assenta a sombra sonora | |
Dum disco voador | |
Eu é que não me sento | |
No trono de um apartamento | |
Com a boca escancarada | |
Cheia de dente, esperando a morte chegar | |
Porque ao longo das cercas embandeiradas | |
Que separam quintais | |
No cume calmo do meu olho que vê | |
Assenta a sombra sonora | |
Dum disco voador . . . |
Eu devia estar contente | |
Porque tenho um emprego | |
Sou o dito cidad o respeita vel | |
E ganho quatro mil cruzeiros por m s | |
Eu devia agradecer ao Senhor | |
Por ter tido sucesso na vida como artista | |
Eu devia estar feliz porque consegui comprar | |
Um Corcel 73 | |
Eu devia estar alegre e satisfeito | |
Por morar em Ipanema | |
Depois de ter passado fome por dois anos | |
Aqui na cidade maravilhosa | |
Eu devia estar sorrindo e orgulhoso | |
Por ter finalmente vencido na vida | |
Mas eu acho isto uma grande piada | |
E um tanto perigosa | |
Eu devia estar contente | |
Por ter conseguido tudo que eu quis | |
Mas confesso abestalhado | |
Que eu estou decepcionado | |
Porque foi t o fa cil conseguir | |
E agora eu me pergunto, e dai? | |
E tenho uma por o de coisas grandes | |
Pra conquistar, eu n o posso ficar ai parado | |
Eu devia estar feliz pelo Senhor | |
Ter me concedido o Domingo | |
Pra ir com a fami lia ao jardim zoolo gico | |
Dar pipoca aos macacos | |
Ah, mas que sujeito chato sou eu | |
Que n o acha nada engra ado | |
Macaco, praia, carro, jornal, tobog | |
Eu acho tudo isso um saco | |
É voc olhar no espelho | |
Se sentir um grandessi ssimo idiota | |
Saber que e humano, ridi culo | |
Limitado, e que so usa dez por cento | |
de sua cabe a animal | |
E voc ainda acredita que e um doutor | |
Padre ou policial | |
E que esta contribuindo com sua parte | |
Para o nosso belo quadro social | |
Eu e que n o me sento | |
No trono de um apartamento | |
Com a boca escancarada | |
Cheia de dente, esperando a morte chegar | |
Porque ao longo das cercas embandeiradas | |
Que separam quintais | |
No cume calmo do meu olho que v | |
Assenta a sombra sonora | |
Dum disco voador | |
Eu e que n o me sento | |
No trono de um apartamento | |
Com a boca escancarada | |
Cheia de dente, esperando a morte chegar | |
Porque ao longo das cercas embandeiradas | |
Que separam quintais | |
No cume calmo do meu olho que v | |
Assenta a sombra sonora | |
Dum disco voador . . . |
Eu devia estar contente | |
Porque tenho um emprego | |
Sou o dito cidad o respeitá vel | |
E ganho quatro mil cruzeiros por m s | |
Eu devia agradecer ao Senhor | |
Por ter tido sucesso na vida como artista | |
Eu devia estar feliz porque consegui comprar | |
Um Corcel 73 | |
Eu devia estar alegre e satisfeito | |
Por morar em Ipanema | |
Depois de ter passado fome por dois anos | |
Aqui na cidade maravilhosa | |
Eu devia estar sorrindo e orgulhoso | |
Por ter finalmente vencido na vida | |
Mas eu acho isto uma grande piada | |
E um tanto perigosa | |
Eu devia estar contente | |
Por ter conseguido tudo que eu quis | |
Mas confesso abestalhado | |
Que eu estou decepcionado | |
Porque foi t o fá cil conseguir | |
E agora eu me pergunto, e daí? | |
E tenho uma por o de coisas grandes | |
Pra conquistar, eu n o posso ficar aí parado | |
Eu devia estar feliz pelo Senhor | |
Ter me concedido o Domingo | |
Pra ir com a famí lia ao jardim zooló gico | |
Dar pipoca aos macacos | |
Ah, mas que sujeito chato sou eu | |
Que n o acha nada engra ado | |
Macaco, praia, carro, jornal, tobog | |
Eu acho tudo isso um saco | |
É voc olhar no espelho | |
Se sentir um grandessí ssimo idiota | |
Saber que é humano, ridí culo | |
Limitado, e que só usa dez por cento | |
de sua cabe a animal | |
E voc ainda acredita que é um doutor | |
Padre ou policial | |
E que está contribuindo com sua parte | |
Para o nosso belo quadro social | |
Eu é que n o me sento | |
No trono de um apartamento | |
Com a boca escancarada | |
Cheia de dente, esperando a morte chegar | |
Porque ao longo das cercas embandeiradas | |
Que separam quintais | |
No cume calmo do meu olho que v | |
Assenta a sombra sonora | |
Dum disco voador | |
Eu é que n o me sento | |
No trono de um apartamento | |
Com a boca escancarada | |
Cheia de dente, esperando a morte chegar | |
Porque ao longo das cercas embandeiradas | |
Que separam quintais | |
No cume calmo do meu olho que v | |
Assenta a sombra sonora | |
Dum disco voador . . . |