Natália Correia Mário Pacheco | |
Andam palavras na noite / Cansadas de me chamar / Trago os meus lábios salgados / E algas no paladar / Aberta a | |
Porta selada / Sou pensada já não penso / Se a musa fica calada / Como dizer o silêncio / Inúteis os meus anéis / Já | |
Os troquei por poemas / Se hão de perder~se os papéis / Voam com as minhas penas / Só sei que neste destino / Vou | |
Atrás do que não sei / E já me sinto cansada / Dos passos que nunca dei / Ficou entre nós o tempo / Que fica uma | |
Andorinha / Deu-nos essa primavera / Porque deu tudo o que tinha / Ficou a morte caida / Antes do tempo no chão / E | |
Uma estatua dividida / Pela linha do coração / Há dias em que sou monja / Há outros em que sou fêmea / E | |
Embruxada na fogueira / Do amor ponho mais lenha / Como se eu já existisse / Antes do sol e da lua / E se a morte | |
Me despisse / E eu não me sentisse nua / Quando me derem por morta / Lágrimas nem uma pinga / Um trevo de | |
Quatro folhas / Tenho debaixo da língua / E nada de biografia / Senão a da lua nova / O que escreverem um dia / Os | |
Astros na minha cova |
Nata lia Correia Ma rio Pacheco | |
Andam palavras na noite Cansadas de me chamar Trago os meus la bios salgados E algas no paladar Aberta a | |
Porta selada Sou pensada ja n o penso Se a musa fica calada Como dizer o sil ncio Inu teis os meus ane is Ja | |
Os troquei por poemas Se h o de perder se os pape is Voam com as minhas penas So sei que neste destino Vou | |
Atra s do que n o sei E ja me sinto cansada Dos passos que nunca dei Ficou entre no s o tempo Que fica uma | |
Andorinha Deunos essa primavera Porque deu tudo o que tinha Ficou a morte caida Antes do tempo no ch o E | |
Uma estatua dividida Pela linha do cora o Ha dias em que sou monja Ha outros em que sou f mea E | |
Embruxada na fogueira Do amor ponho mais lenha Como se eu ja existisse Antes do sol e da lua E se a morte | |
Me despisse E eu n o me sentisse nua Quando me derem por morta La grimas nem uma pinga Um trevo de | |
Quatro folhas Tenho debaixo da li ngua E nada de biografia Sen o a da lua nova O que escreverem um dia Os | |
Astros na minha cova |
Natá lia Correia Má rio Pacheco | |
Andam palavras na noite Cansadas de me chamar Trago os meus lá bios salgados E algas no paladar Aberta a | |
Porta selada Sou pensada já n o penso Se a musa fica calada Como dizer o sil ncio Inú teis os meus ané is Já | |
Os troquei por poemas Se h o de perder se os papé is Voam com as minhas penas Só sei que neste destino Vou | |
Atrá s do que n o sei E já me sinto cansada Dos passos que nunca dei Ficou entre nó s o tempo Que fica uma | |
Andorinha Deunos essa primavera Porque deu tudo o que tinha Ficou a morte caida Antes do tempo no ch o E | |
Uma estatua dividida Pela linha do cora o Há dias em que sou monja Há outros em que sou f mea E | |
Embruxada na fogueira Do amor ponho mais lenha Como se eu já existisse Antes do sol e da lua E se a morte | |
Me despisse E eu n o me sentisse nua Quando me derem por morta Lá grimas nem uma pinga Um trevo de | |
Quatro folhas Tenho debaixo da lí ngua E nada de biografia Sen o a da lua nova O que escreverem um dia Os | |
Astros na minha cova |