Já não tenho um lenço branco Nem pranto de despedida; Tanto barco me deixou Até o Tejo secou Dentro de mim toda a vida Eu já mordi a saudade Para salvar o coração O amor que me morreu De certeza renasceu Com uma outra pulsação Atirei pedras ao Tejo Com raiva das minhas mágoas Eram ciúme e vingança Mas as pedras de criança São o sorriso das águas As rosas nascem na terra E morrem direito ao céu Tudo é luz e é nascente Tudo é luto e é poente E tudo isto sou eu