No verso de um papel adormecido Dançando no romper da madrugada Um lápis fez um rasgo desabrido O sonho que meu peito desvendava Libertas do carvão entre silêncios Cresciam histórias vivas desenhadas E o traço do pintor nesse momento Deixava um rasto cinza de passagem Nasceram aventuras delicadas Discretas fontes de água e de coragem E o tempo baloiçando nas pisadas Do fruto dos seus dedos em viagem Tal como a voz que canta a melodia Bailada neste verso dedilhado Assim dançavam loucos de alegria Os dedos de um sorriso apaixonado